Vou abrir o post já dizendo: Não sou psiquiatra! Portanto é somente minha opinião sobre o ocorrido. Também não vou ser extenso na questão! Não tem por que! Mas depois da tragédia, do choque e conseguir se recompor, tudo que queria saber, aos poucos foi se encaixando e fazendo algum sentido do ponto de vista do fato gerador da tragédia de Realengo. Sentido que me refiro é que os fatores se juntaram em uma mente fraturada e explodiram de uma forma que eu não conseguiria imaginar nem no mais louco dos meus sonhos.
Antes de opinar uma pergunta: “Alguém sabe responder por que os suicídios não são freqüentemente noticiados? E também sabem que em determinadas regiões eles são considerados epidemias?”
Creio que poucos vão saber responder. Mas um estudo de 10 anos atrás comprovou que para cada caso de suicídio que era noticiado, se seguiam, no mínimo, mais 8 ou 10 casos. Ou seja, um praticava, outros o seguiam. Não tem muita lógica colocar isso aqui não é? Vão me entender.
O fato: No dia 7 de abril – quinta-feira - Wellington Oliveira adentrou a Escola Municipal Tasso da Silveira se identificando como um palestrante e assim tendo fácil acesso ao recinto. Sem aviso prévio, sacou dois revolveres calibres 32 e 38 e começou a disparar nas crianças dando preferência às meninas. Fez várias vitimas fatais no local e deixou varias outras feridas. Foi abatido – dizem que se suicidou – com um tiro na cabeça e outro na perna.
A carta deixada por ele deixa instruções sobre o que deveria ser feito de seus bens e a quem entregá-los. Pouco esclarecia sobre os motivos que o levaram a cometer o crime. Em sua residência, que estava totalmente revirada, foram encontradas munição, outra carta – mais detalhada – e algumas anotações. Também foi lacrado para analise seu computador.
Sua lógica de raciocínio é de que as crianças seriam impuras e devido a isso deveriam pagar. Mas as crianças de agora? Também se dizia muçulmano. Mas não creio que fosse de caráter religioso o que levou Wellington á isso. Os fatores foram: Problemas mentais já identificados somados a traumas da pratica de bullying contra ele. Wellington também mencionou o menino australiano Casey Heynes que reagiu a uma tentativa de agressão e ficou mundialmente conhecido. Para a mente doentia de Wellington isso foi um gatilho, uma desculpa para cometer seu ato de loucura.
Agora com a super exposição da tragédia e de se debater por infindáveis semanas isso á exaustão, pode ter certeza, outros que passaram por situações semelhantes verão isso de forma similar. Assim como foram tantos e tantos casos nos Estados Unidos em que o homicida esperava um momento e uma desculpa para praticar o ato. E como citei no inicio da matéria, um que pratica se transforma em exemplo para tantos outros.
Aconteceu uma vez. Pode acontecer de novo. Há de se ter cuidado daqui pra frente.
As famílias que perderam quem amavam e tinham uma vida inteira pela frente, meus mais sinceros pêsames. A Wellington que sofreu o inferno em vida, que tenha descanso e que Deus possa perdoá-lo, pois eu mesmo não sei se conseguiria.
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