quarta-feira, 28 de março de 2012

O touro Sombrerito contra o elefante Nero.



A natureza de alguns seres humanos me causa uma repulsa que eu mesmo não consigo explicar. O prazer em ver animais em situações que lhe causem dolo ou mesmo sua morte não me apraz (satisfaz) nem um pouco. Hoje ao fim do expediente entrei em um site da Espanha em que foi contada a história de um duelo inusitado. Um touro versus um elefante. Se não crê no que acabei de citar leia a matéria.


“ ...
Os dias que antecederam o dia 13 de fevereiro de 1898 em Madrid foram marcados por cartazes em vários prédios na zona central da cidade onde se podia ler que na Praça dos Touros haveria um evento inesquecível. Algo que há muito não era visto. SENSACIONAL! GRANDE!



O que haveria num evento na Praça dos Touros que seria digno de nota assim? Com ilustrações e letras garrafais? Bem logo abaixo seguia a ilustração imaginada pelo desenhista e que deixava tudo claro: O duelo entre um elefante e um touro de cinco anos de idade.



As condições do duelo

Nero (o elefante) seria acorrentado ao centro da arena por uma corrente de ferro de 16 metros e Sombrerito (o touro) seria solto nesta por 15 minutos de embate que ao final, caso algum saísse vivo seria poupado.



A propaganda do evento foi feita á exaustão nos jornais da localidade e o mesmo causaram varias reportagens sobre o futuro embate. Não faltaram opiniões do que poderia se seguir ali. Um espetáculo, segundo os repórteres, exótico.



Alguns repórteres tiveram acesso ao local onde Nero estava alojado e descreveram o animal como sendo dócil e até brincalhão, não era um elefante adulto, deveria ter, no máximo, 3 anos. Havia sido retirado do zoológico e levado até a arena com a corrente em sua pata traseira e demonstrava uma força considerável já que em uma ocasião, sem o mínimo esforço, a quebrou.

O grande dia

Conta à história que o tão propalado duelo foi um fiasco total. O elefante acorrentado no centro da arena parecia assustado com a multidão e em dado momento rompeu as correntes e foi até o alambrado que separava a platéia – Que entrou em desespero – da arena que tinha por sua vez o touro que também se encontrava perdido em meio ao turbilhão de vaias e gritos de assombro. Um assistente – toureiro que chamava a atenção do touro para que o elefante pudesse ser acorrentado novamente – acabou por ser atingido na virilha pelo animal. Foi salvo pelos amigos. Já o elefante, com algum custo, foi acorrentado novamente, mas nada de uma agressão de qualquer parte. Tanto o touro quanto o elefante simplesmente se ignoravam. Não estavam muito interessados em se digladiar. A turba não gostou nada do que via. Queria um combate algo que haviam esperado ansiosamente por toda a semana. Os promotores do evento com medo de que houvesse algum tipo de violência por parte da platéia retiraram o touro Sombrerito e em seu lugar outro foi posto na arena. Resultado? Esse também não se mostrou agressivo e não fez absolutamente nada contra o elefante. Já os assistentes...

Resultado

Ao fim de quase uma hora de espetáculo a multidão entendeu que o animal – O elefante – não tinha condições de combate, mesmo porque se mostrou dócil e até certo ponto assustado. Iniciou-se então uma ovação por parte do publico e pedidos para que este fosse liberto e tratado, já que a pata que estava acorrentada apresentava sinais de sangue. Não houve outro remédio senão terminar aquele embuste e retirar o animal da arena. O publico aplaudiu Nero de pé. O show chegou ao final.

Saldo final

Um homem ferido seriamente e um elefante com a pata arranhada, mas ele passou bem por isso. O elefante quero dizer!

Agradecimentos: Pedro Barroca (Pitralon)



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