sábado, 23 de abril de 2011

Uma história sobre a memória.

É uma história curta, mas vale a pena ser lida e nos fazer refletir a importância que tem a memória em nossas vidas.
30 anos atrás...
Um estudante estrangeiro terminando seu curso na faculdade precisava entregar um trabalho para seu mestrado. Esse envolvia o funcionamento da memória e no que isso implicava. Como tinha tempo para poder fazer o mesmo, resolveu viajar o mundo em busca de histórias de pessoas que possuíam memória fora do comum.
Ele veio ao Brasil.




Andando pela região amazônica, lhe contaram que existia uma região que ficava na fronteira e que lá havia uma tribo, onde se encontrava um já velho pajé que tinha uma memória formidável.

O estrangeiro pensou:

“Bom, já que vou passar perto da região não custa nada procurar essa aldeia e ver se encontro esse pajé!”

E assim foi, por indicação, perguntando ali e aqui, acabou encontrando a aldeia, e nela, para sua surpresa, encontrou o velho índio, sentado ao lado da sua oca e fumando um cachimbo.

jovem se aproximou, com todo o respeito, sentou-se ao lado do pajé e lhe disse.

_ Viajei de muito longe e gostaria de saber se pode me ajudar em um trabalho que estou realizando. É sobre a memória do ser humano.

_ Já que chegou aqui, pergunta! – Disse o pajé de forma seca.

_Bem – emendou o estudante – o senhor pode me dizer o que o senhor comeu no almoço do dia 22 de agosto de 1968?

_ Ovo! – respondeu novamente o pajé de forma seca.

O estudante impressionado nem fez outra pergunta. Pegou suas coisas e saiu admirado.
“Como esse índio pode responder assim tão prontamente?”

E voltou para seu país, fez seu trabalho, formou-se e por lá ficou trabalhando até sua aposentadoria...

Hoje...

Como já não trabalhava mais, o agora homem aposentado, resolveu viajar o mundo e visitar os amigos que fez na grande viajem de sua vida. Veio ao Brasil novamente e por um acaso, acabou chegando próximo ao local onde ficava a aldeia onde encontrou o velho índio. Pensou:
“Já que estou aqui, vou ver se ainda existe a aldeia onde encontrei aquele pajé”

E não é que ela estava la? Da mesma forma! Do mesmo jeito! Ele admirou-se e foi até uma das crianças e perguntou sobre todos na aldeia, inclusive o velho índio. A criança apontou na direção onde ficava a velha oca do pajé.

O homem olhou, seguiu na direção indicada e ficou perplexo. O mesmo velho pajé, sentando ao lado da mesma velha oca, fumando o mesmo velho cachimbo. Ele ficou estupefato. Se aproximou do velho índio, arregalou os olhos e balbuciou...

_Ma... mas ... como ?
O índio respondeu:
_ Frito!

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